O cenário atual que estamos vivendo exige cada vez mais cuidado e atenção com nossa saúde mental e física. A pandemia de COVID-19 vem mudando nossa realidade e estamos cada vez mais recolhidos em nossos lares e utilizando este espaço, foi chegado o momento em que a funcionalidade dos ambientes se mostra nas mais diversas formas e com isso, a Arquitetura passa a estar diretamente ligada a qualidade de vida. O momento também traz uma questão que é a Psicologia Ambiental atuando no Projeto de Interiores e como esses ambientes atuam nas nossas vidas e influenciam nosso bem estar.
A Psicologia Ambiental tem sido um tema cada vez mais importante de ser trazido pelos profissionais que lidam diretamente com o espaço, como é o caso dos Arquitetos e Designers de Interiores que são os grandes planejadores dos ambientes construídos.
Para esclarecer melhor o tema, a Psicologia Ambiental nada mais é do que um estudo feito para compreender como o homem se comporta e se relaciona com os ambientes, sejam eles construídos ou não. O enfoque que será dado é no ambiente construído, pois é nele que o profissional pode atuar.
Assim como o clima influencia muito em como nos relacionamos com o meio natural, o modo como os espaços são construídos estão diretamente ligados com a forma como nos comportamos e usufruirmos dele, desse modo cabe ao Arquiteto ou Designer saber como fazer essa leitura das pessoas que irão permanecer nele.
A psicologia estuda a relação homem e espaço, mas como seria essa ligação na prática?
Os espaços em que estamos acostumados a conviver é, em geral, nosso ambiente de trabalho e nossa casa, eles apresentam função e características bem distintas e por isso a forma como eles se apresentam também são diferentes. As cores, texturas, mobiliário, fazem toda a diferença, são nelas que percebemos a intenção daquele espaço. Desde objetos mais simples como a foto de um momento especial e cores que agradam podem remeter a coisas pessoais e confortantes, móveis colocados em lugares inadequados e luzes que não são eficientes prejudicam um ambiente e consequentemente quem irá usá-lo.
Em momentos como este que estamos vivendo, estamos passando por transformações na nossa rotina e na forma de lidar com os ambientes. Ficar em casa se tornou fundamental e com isso, tivemos que adaptar novos usos para diferentes locais, a mesa da cozinha virou local de trabalho, a sala virou o ambiente de maior permanência da família, dessa forma, começa a percepção maior de como somos dependentes dos locais que moramos e dos detalhes que ele possui. A cadeira da cozinha passa a se mostrar não muito confortável, a luz do quarto se mostra um pouco fraca e aquele piso da sala parece estar ficando velho, o ser humano passa a ver como ele pertence ao espaço e como o espaço pertence a ele.
Neste momento em que percebemos a importância de um bom espaço e que ele se mostra diretamente ligado à nossa qualidade de vida, o profissional que irá planejar ele tem uma responsabilidade enorme.
Um bom Projeto de Interiores está ligado diretamente na qualidade de vida das pessoas e não tem nenhuma fórmula secreta que possui a grande resposta. A leitura das necessidades espaciais e emocionais do cliente deve ser feita pelo Arquiteto, por isso cada projeto se difere um do outro. Se o comportamento humano pode ter inúmeras possibilidades e o espaço também, as possibilidades são infinitas.
A situação atual nos faz estar cada vez recolhidos dentro dos nossos lares e estamos nos adaptando a esta realidade incerta, os ambientes se mostram diferentes e não passam despercebidos. A Arquitetura não pode ser evitada, estamos nela, um bom projeto é fundamental para proporcionar bem estar físico e saúde mental, a Psicologia Ambiental tem papel chave no trabalho dos profissionais que estão responsáveis pelo entendimento e planejamento de cada espaço que usamos.
Por Barbara Cabral.
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