Consultoria em Eficiência Energética

Primeiramente, para se entender o que faz uma Consultoria de Eficiência Energética é necessário o entendimento do conceito e da importância de tal tema sob a ótica dos atuais padrões de consumo. 

Eficiência Energética (EE) é uma atividade que busca tornar o uso da energia mais efetivo, mitigando os desperdícios da mesma. Segundo a ABESCO (Associação Brasileira da Empresas de Serviços de Conservação de Energia), a eficiência energética consiste da relação entre a quantidade de energia empregada em uma atividade e aquela disponibilizada para sua realização.

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  • Consultoria em Eficiência Energética
  • Etapas da Consultoria

Perspectiva Financeira

A principal vantagem na adoção de um sistema de eficiência energética é a redução mensal dos custos com energia elétrica. A identificação e o controle de desperdícios de energia durante a geração e o consumo da mesma, são ações que impactam positiva e financeiramente os consumidores, sejam eles estabelecimentos comerciais, industriais, públicos e até mesmo os clientes residenciais, visto que o programa fará com que a energia comprada da concessionária seja usada de modo mais efetivo. 

Ademais, investimentos em eficiência energética elevam o nível de competitividade das empresas dentro do seu nicho de atuação. Isso porque os custos com o processo produtivo diminuem, podendo assim ofertar produtos com melhores preços no mercado.

Perspectiva Ambiental

As vantagens de programas de eficiência energética não param por aí. Além do retorno financeiro, se apresentam como parte das ações sustentáveis que visam diminuir os impactos causados ao meio ambiente ao combater o desperdício, de modo que a energia seja utilizada de forma racional e eficaz, reduzindo o consumo dos recursos naturais, e assim impulsionando o desenvolvimento sustentável. 

Além de contribuir com a preservação do meio ambiente, as empresas que adotam políticas sustentáveis, podem utilizá-las também como estratégias de marketing, nesse caso é chamado de marketing verde. A incorporação do marketing verde à estratégia da empresa é uma maneira de demonstrar que se preocupa com o mundo e com os padrões de consumo, ganha em credibilidade, pois transmite uma postura séria e comprometida com o futuro, consumidores com o mesmo pensamento são atraídos a comprar o produto, e além disso se tornam promotores espontâneos da sua marca. Essa é ainda uma oportunidade de se posicionar no mercado, criando um diferencial competitivo em relação aos concorrentes. Ademais, os investidores também passam a olhar para o negócio com outros olhos, enxergando nele um maior potencial.  

 

O que é Consultoria em Eficiência Energética? 

 

Uma consultoria em eficiência energética pode ser entendida como um estudo, composto essencialmente por 3 etapas, cujo objetivo é elaborar um direcionamento mais sustentável e racional para que uma organização, fábrica ou empresa, seja energeticamente mais eficiente. Tal direcionamento é feito a partir da análise do histórico e das condições atuais do cliente, através das quais é possível identificar melhorias de curto, médio e longo prazos e, assim, implementar um sistema de gestão de energia estratégico, sustentado e possibilitado pela ISO 50.001, que garanta uma melhoria contínua do padrão consumo de energia. 

 

Criada em 2011, a ISO 50.001 é uma norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) com o intuito de estabelecer requisitos mínimos que, quando atendidos, levam as organizações que os adotam a buscar constantemente pela redução do seu consumo e pelo uso mais adequado da energia necessária para realizar seus processos e suas atividades. Vale dizer que a norma é recomendada para empresas de todos os segmentos, independentemente do setor de atuação, de tamanho, etc. Em adição, um outro aliado à consultoria é o PBE (Programa Brasileiro de Etiquetagem), coordenado pelo INMETRO, que objetiva o fornecimento de informações, inclusive no parâmetro eficiência energética, sobre o desempenho de diversos aparelhos elétricos.

Etapas da Consultoria

1. Diagnóstico:

 

Por ser a etapa inicial, tem como principal objetivo a obtenção das informações fundamentais sobre o estado atual de consumo de energia do cliente. Isto é, esta é a etapa na qual são identificados quais setores da organização apresentam uma demanda energética além do nível adequado e, consequentemente, geram despesas desnecessárias. São esses os setores que necessitam de soluções de eficiência. 

 

É importante ressaltar que existem diversas variáveis e práticas que compõe esse perfil de consumo. Dessa forma, o diagnóstico deve ser completo, englobando todas as fontes consumidoras de energia juntamente com os fatores que afetam indiretamente o rendimento dos equipamentos. Luminotécnica, climatização, uso de motores elétricos e a cultura das empresas são apenas alguns dos casos considerados nas consultorias de eficiência energética.

 

2. Soluções

 

Com base no relatório da etapa de diagnóstico, os consultores são encarregados por elaborar as soluções cabíveis e específicas para as necessidades de cada cliente. Visto que as fontes de carência de eficiência podem ser diversas, imagina-se (e é verdadeiro) que tais soluções podem ter natureza igualmente variadas. 

 

O exemplo mais recorrente e didático neste assunto é o caso luminotécnico, mais especificamente a comparação entre lâmpadas incandescentes e lâmpadas de LED. Novamente de acordo com a ABESCO, uma lâmpada incandescente de 60 W pode ser substituída, sem nenhuma perda na qualidade de iluminação, por uma lâmpada de LED de 7 W. Essa troca resulta em quase 90% de economia. Ademais, lâmpadas de LED duram 50 vezes mais e geram menos calor no ambiente, o que favorece também a economia com a climatização. De modo semelhante, motores de alto rendimento são de 20 a 30% energeticamente mais econômicos que motores tradicionais. 

 

É importante que haja destaque para os assuntos que envolvem a eficiência energética não somente no dia a dia. No entanto, engana-se quem pensa que a consultoria se restringe às soluções de engenharia elétrica. Os processos que estão inseridos dentro do conceito começam desde o processo projetual na construção civil, por exemplo. Tudo começa quando é feito o estudo de viabilidade para que, dessa forma, gastos desnecessários já sejam cortados desde o início. Portanto, características como a topografia e a localização são muito relevantes no momento de se iniciar o projeto.

 

Nesse sentido, o planejamento vem como outra ferramenta super importante para se obter uma boa eficiência energética. Nesta fase, os projetos de arquitetura e engenharia elaboram soluções que, futuramente, farão muita diferença no cálculo de gastos, tanto no momento da obra quanto no uso do dia a dia. Um ambiente arquitetonicamente bem projetado, por exemplo, com boa ventilação e boa incidência de luz natural, reduz a carência tanto de aparelhos de ar-condicionado quanto de iluminação artificial (as lâmpadas mencionadas anteriormente). Adicionalmente, a ABESCO também sugere outras medidas para se garantir a tão importante eficiência energética, estando entre elas:

 

  • Modernização dos equipamentos e materiais que compõe um sistema energético;
  • Melhorar / aperfeiçoar um processo produtivo;
  • Utilização de sistemas de automação, possibilitando maior produtividade, uma otimização de processos, comunicação entre equipamentos, maior precisão nos dados e controles, aumento de qualidade;
  • Substituição de insumo energético como energia elétrica por energia solar em caso de aquecimento de água;

A execução do projeto não fica para trás quando o assunto é auxiliar na economia de energia e de gastos. Uma das maiores preocupações na construção civil é com o desperdício de materiais e tempo. Como abordado antes, a eficiência energética está nos mínimos detalhes. Daremos agora outro exemplo. Se imaginarmos dois canteiros de obra, um com a organização impecável e outro onde a desorganização prevalece, é provável que o gasto de energia para a realização das atividades seja muito maior onde há desorganização e um processo não otimizado de execução da obra. Por isso, é extremamente importante a presença de um profissional qualificado para elaborar o projeto e outro para gerir o canteiro.

As boas práticas relacionadas à eficiência não param no canteiro. Ao entregar a edificação, é necessário que os usuários também tenham usos adequados no dia à dia. que farão as soluções aplicadas anteriormente atingirem seus resultados e se adequar às expectativas buscadas pelo cliente.

 

3. Análise de Viabilidade Econômica

 

Por mais que, no longo prazo, as soluções de eficiência tragam economias, é natural que a implementação de novas medidas custe dinheiro. Por isso, antes de fazê-la, deve-se analisar se as medidas são financeiramente atrativas para o cliente. Há três indicadores principais para se atentar: o quanto ele deverá investir na implementação das soluções, o quanto ele terá de retorno e em quanto tempo ele terá esse retorno. Para que o investimento seja viável, é necessário que esses três indicadores estejam de acordo com os interesses e expectativas do cliente, e é exatamente o que se avalia na etapa de análise de viabilidade econômica.

Sendo assim, visando uma maior economia para sua empresa advinda da redução dos custos com energia elétrica e buscando contribuir com o nosso ecossistema, os programas de eficiência energética se apresentam como uma alternativa para a obtenção desses resultados. 

A Porte Empresa Júnior dispõe em sua carta de serviços da Consultoria em Eficiência Energética, a fim de identificar processos onde ocorre desperdício de energia elétrica e dar um direcionamento mais sustentável a empresa para que ela se torne energeticamente eficiente.

Quer conhecer um pouco mais sobre a consultoria? Entre em contato conosco! O seu bolso e o planeta agradecem!

Por Camila Bittencourt, Kristopher Mazzini e Yann Okada.

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